Segunda-feira, 31.01.05
Mas espero não ouvir George W. Bush congratular-se pelo trabalho que a sua administração fez pela afluência às urnas no Iraque. Se houve os valores de afluência que houve, cerca de 60% de participação, o que é uma vitória, isso não se deveu a W., nem à sua administração, mas à enorme coragem dos iraquianos em ir votar. E foi mesmo necessária muita coragem, porque apesar de ter o país ocupado por forças estrangeiras e terroristas, aqueles nunca conseguiram garantir a segurança dos populares, que pretenderam votar, contra as ameaças destes.
Este é mais um exemplo que os países mais pobres nos dão. Em 1999 tivemos uma lição vinda de Timor-Leste, em que a afluência às urnas foi na ordem dos 90%. Este ano, e em vésperas de eleições em Portugal, tivemos outra lição, agora dos iraquianos.
ASENSIO
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Segunda-feira, 31.01.05
Muitos partidos falam em “choques”, o PS fala em choques tecnológicos, o PP em choque de valores e o PSD em choque de gestão. Dos eleitores sabe-se que estão em estado de choque.
Mas há um novo choque que muito prejudica uma instituição portuguesa. É o choque anafilático em que se encontram as Finanças em Portugal. Depois de ter-mos tido conhecimento da quebra da receita fiscal, em especial a do IVA, dos mais de 10 000 cheques de devolução de IRC indevidamente remetidos a empresas, das 50 000 cartas a ameaçar de penhora contribuintes com os seus impostos em dia e da devolução de dinheiro do IVA ao BCP por uma operação considerada fraudulenta, vimos agora descobrir que
analisando as estatísticas do IRS do período de 2001 a 2003, o número de agregados com rendimento superior a 250 mil euros diminuiu 92%, passando de 26 802 há quatro anos, passando a 2144 há dois anos. Para onde desapareceram estes contribuintes indexados ao escalão mais alto de IRS? Ao mesmo tempo as declarações no escalão entre 50 e 75 mil euros aumentaram 160%. Estranho? Não isto só indicia uma evasão fiscal em grande escala.
Isto tudo num país onde até o Primeiro-ministro foi suspeito de não ter as suas obrigações fiscais em ordem. As Finanças em Portugal estão, sem dúvida, muito mal no seu vigor e saúde.
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Segunda-feira, 31.01.05
Afinal, segundo
esta notícia, a marina do Freixo só estará pronta para uso em Março! Mais uma inauguração antecipada com pompa e circunstância. Este é, sem dúvida, o Governo mais ridículo da actualidade.
Alguma alma adjunta caridosa que aconselhe estes Governantes demitidos a terem um pouco mais de recato e decência, que este tipo de actuação é um insulto à inteligência dos eleitores.
ASENSIO
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Segunda-feira, 31.01.05
Tão néscio, tão néscio, que não entende que este outdoor só o pode prejudicar. É por sabermos quem é que não o queremos, de novo, em São Bento.
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Segunda-feira, 31.01.05
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Sábado, 29.01.05
Hoje podemos ouvir o cabeça de lista do PSD por Braga, Luís Filipe Menezes, declarar que se os portugueses derem posse a um executivo PS coadjuvado pelo BE este novo Governo legalizaria a adopção de crianças por homossexuais.
A resposta chegou pelas ruas do Porto onde Louçã andava também em campanha. Diz este dirigente Bloquista:
“Luís Filipe Menezes há-de convir que não conta para este campeonato, não conta para este debate político.”
Realmente a campanha do BE não anda a correr bem. Francisco Louçã falou demais novamente. A frase correcta é esta:
“Luís Filipe Menezes há-de convir que não conta.” Ponto final, parágrafo.
ASENSIO
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Sábado, 29.01.05
Hoje foi inaugurada uma marina na zona do Freixo, no rio Douro. Marina essa baptizada, com muita originalidade, como Marina do Freixo. Até aqui tudo bem.
Só não se percebe uma coisa... como era no rio Douro e no Porto, Rui Rio tem o dever de estar presente, mas o que estava lá a fazer o Secretário de Estado dos Assuntos do Mar?
ASENSIO
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Sábado, 29.01.05
Durante muito tempo disse-se que o PCP era obrigado a “engolir sapos”. Esta expressão foi muito utilizada, por exemplo, na campanha presidencial de 1986 em que os candidatos, eleitos para uma segunda volta, foram Mário Soares e Freitas do Amaral. Sendo que o candidato menos intolerável ao PCP era Mário Soares, dizia-se aos militantes do PCP para fechar os olhos e votar Soares.
Mas o milénio é outro. Agora calhou a vez ao PSD de deglutir um sapo. Há bem pouco tempo vimos, se bem que de forma discreta, Marcelo Rebelo de Sousa a jantar um destes anfíbios. Agora segue-se
Marques Mendes. Será que Cavaco está disposto a largar o Bolo-Rei?
ASENSIO
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Quinta-feira, 27.01.05
Vi com, alguma surpresa, a notícia de que Francisco Louçã andou hoje a fazer campanha numa empresa têxtil ameaçada, há bem pouco tempo, de deslocalização para a China. Será que ouvi o Dr. Louçã falar de falências e deslocalizações?
Ora, o Dr. Louçã não tem o direito de andar a falar em falências. Quem nunca levou uma empresa à falência não tem o direito de vir agora falar em empresas falidas. Quem nunca viu a aflição no rosto de um trabalhador despedido não pode ter esse direito.
ASENSIO
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Quinta-feira, 27.01.05
É certo que os blogues há muito que estão na moda. Há os blogues inúteis (como
este), há os políticos, há os diários pessoais, há os fotoblogues, enfim, há blogues dos mais variadíssimos temas.
Mas agora surge um novo conceito de blogue, que pode ser classificado de duas maneiras, pelo conteúdo – blogue propaganda, ou pela rapidez com que germinam - blogue cogumelo. Neste novo conceito temos os novos blogues de Pedro Santana Lopes, Morais Sarmento, Paulo Portas, José Sócrates e António José Seguro. Se quiserem procurem-nos, eles andam aí! Desculpem, mas não dou os links, não quero ser acusado de assessoria...
ASENSIO
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Quinta-feira, 27.01.05
Para quem pensava que Portugal estava transformado. Há coisas que não mudam,
um acordo, mesmo que seja escrito e assinado, ainda vale muito pouco e tem um tempo de vida limitado. Portugal ainda é o que era!
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Quinta-feira, 27.01.05
Auschwitz foi ontem!
DaquiASENSIO
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Quarta-feira, 26.01.05
Ai Agostinho!
Ai Agostinha!
Que rico vinho
Mais uma pinguinha
Este país é um colosso
Está tudo grosso!
Está tudo grosso!
Ai Agostinho!
Ai Agostinha!
Que rico vinho
Mais uma pinguinha
Este país perdeu o tino
A armar ao fino!
A armar ao fino!
Isto é que vai uma crise
À esquerda!
Isto é que vai uma crise
À direita!
Isto é que vai uma crise
Prá gente!
Sabadabadú, com Ivone Silva e Camilo de Oliveira (1981)
ASENSIO
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Quarta-feira, 26.01.05
A política portuguesa, em especial em tempos de pré-campanha, está cada vez mais parecida com um parque de diversões. Os políticos andam num carrossel pelo país desdobrando-se em comícios, assembleias e discursos. Não falta também o tiro ao político rival, usando para isso o mais variado tipo de projéctil necessário para o derrubar. Há balancés da direita para a esquerda, e vice-versa, conforme o que parecer mais conveniente na altura.
Já era tudo muito divertido. Mas agora apareceu novo entretenimento. O disparo mais rápido a Guterres. Mal o homem
tirou a cabeça de fora do habitat de recolhimento onde se encontrava, explorando “Novas Fronteiras”, e logo os seus opositores tentam acertar-lhe para definir quem tem o disparo mais rápido, se Santana,
se Portas. Até
Luís Filipe Menezes quer uma tentativa. Realmente gente divertida é outra coisa...
ASENSIO
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Quarta-feira, 26.01.05
A julgar pela sua idade, 30 anos, pensei que a Democracia Portuguesa já fosse mais adulta. Mas pelos vistos sofre de algum retardamento, provocado pelos seus próprios agentes políticos.
É já o terceiro dia de queixas. Primeiro Santana e o PSD, depois o PS, e hoje
de novo Santana. Penso que estamos perante um processo de infantilização. Tanta queixa, tanta queixa. Cresçam seus catraios, seus garotos, e discutam propostas... será que não sabem que o povo não vota em infantários?
ASENSIO
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