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O que transforma a democracia em caricatura é haver um líder de um partido a apelar ao Presidente da República para não aprovar uma lei positiva porque tem receio do resultado de um eventual referendo.
ASENSIO
É necessário empurrar Portugal para a frente, apostar no investimento privado para promover a retoma na nossa economia, dizem praticamente todos os investidores, empreendedores.
Mas na primeira oportunidade, vende-se tudo a Espanha. Portugal é apenas um bolso das calças destes magos do investimento.
ASENSIO
Não se devem realizar referendos em tempos de crise económica, Senhor Primeiro-Ministro? Se isto é aplicável à Europa não será aplicável a Portugal? Sendo assim, que anda o Governo a fazer ao tentar reduzir os prazos constitucionais para haver referendo à IVG ainda em 2005? Anda a atirar-nos areia para os olhos ?
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As críticas que se estão a fazer à entrevista do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, são, no mínimo, descabidas.
Freitas terá dito que a comunicação aos portugueses das ditas medidas difíceis não terá sido feita da melhor maneira. Nada mais correcto. Basta olhar para a opção de aumentar o IVA para os 21%. Foi necessário a DECO alertar a população para que nem todos os produtos iriam aumentar. O governo nem essa informação disponibilizou.
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Ganhará(?) com maioria absoluta, segundo algumas sondagens. Este senhor é o mesmo que não foi capaz de despachar os problemas de um dos locais mais importantes da cidade, o Mercado do Bolhão.
Mas pelo menos tivemos o circuito da Boavista de calhambeques...
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Esta Sexta foi marcada por mais uma greve, desta vez greve geral da função pública. O direito à greve foi conseguido com o 25 de Abril e é uma forma de protesto ao alcance dos trabalhadores para reivindicação de outros direitos que julgam justo receberem.
A forma de luta dos trabalhadores tem-se vindo a alterar por acção dos sindicatos. Estes usam insistentemente a greve como forma de pressão. A vulgarização deste tipo de protesto parece ter, nesta altura, além de uma adesão baixa, um efeito negativo na opinião pública. A convocação continuada de greves, em conjunto com a escolha hábil dos dias da semana, sempre sextas ou dias passíveis de se fazer ponte, parece ser contraproducente com as exigências dos trabalhadores e esvazia a mensagem que estes querem transmitir.
Neste momento as greves parecem ser marcadas mais para proveito próprio de sindicatos e menos para defender o que quer que seja dos trabalhadores. Desculpem-me o desvio neoliberal, mas os sindicatos parecem agora actuar mais como corporações, defendem o interesse próprio em detrimento das pessoas que representam, e isso não é aceitável.
Por outro lado, o baixo nível de vida em Portugal, os baixos salários e outros factores que deveriam fomentar a convocação de greves, parecem estar a esgotar este tipo de acção dos trabalhadores. A verdade é que quem tem baixos rendimentos não consegue dar-se ao luxo de perder um dia de trabalho. Menos adesão à greve, menor o impacto das reivindicações, menor influência sobre aquele a quem se reivindica.
Antes de esgotarem o direito à greve, adquirido com a democracia, será melhor pensar-se em formas de luta que a antecedam, mas formas de luta coerentes com os reais interesses dos trabalhadores.
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Quando ouço o deputado e líder da bancada do PP falar sobre as opções governativas do PS, noto que algo vai mal ali para os lados dos populares.
A verdade é que o PS está a fazer as políticas que o CDS-PP, em conjunto com o PSD claro, gostaria e iria de fazer caso tivessem ganho as legislativas passadas. Claras excepções são uns quantos aumentos nos encargos do Estado para políticas sociais, ambos minúsculos no executivo de Sócrates, mas que se o governo fosse de direita seriam mesmo inexistentes.
Isto esvazia o discurso da direita. O único argumento que ouço estes senhores defender é que Sócrates está a executar as chamadas políticas de sacrifício que durante a campanha prometeu não fazer. Mas quem é que ainda esperava que fossem cumpridas?
A direita tem um caminho deserto a percorrer, contudo necessita de arranjar algo de sólido com o que fazer oposição convincente ou arrisca-se a tornar o deserto um pouco mais longo de que aquilo que contavam. E depois admiram-se que o “estado de graça” do Governo PS se deva mais à inexistência de alternativa do que a mérito próprio.
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Minha amiga Bárbara, pode estar descansada, porque o PS gosta de si, os cidadãos de Lisboa gostam de si e é consigo que vão trabalhar para ganhar a autarquia de Lisboa. Embora o candidato seja o Manuela Maria... Portugal sem um Jorge Coelho seria ainda mais árido do que o que é.
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No Iraque:
Nenhuma causa, nenhuma política, nenhum desespero, nenhuma reivindicação, nenhuma guerra pode desculpar o assassínio de crianças.
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