A falta de vergonha com que esta rapaziada partilha entre si direcções, cozinha tachos e come despudoradamente à custa dos outros. Ora uma vez és tu, ora da próxima sou eu. No mínimo, o PSD devia era estar calado, congratular-se por ter afastado do cargo alguém da taberna do governo apenas chama a atenção para o facto de ter conseguido, na direcção da CGD, uma malga para um poodle de criação social democrata. E isto, de ser de um partido ou outro, vale zero em escalas de competências. A novela do BCP acaba (acabou mesmo?) entre os amigalhaços dividindo os sobejos. ASENSIO
Será muito fácil imputar as culpas do assassinato de Benazir Bhutto a qualquer grupo extremista/terrorista. O responsável dessa forma será sempre algo/alguém volátil, de cérebro inalcançável, aliás multi-céfalo, deslizante, aeriforme.
Exigir-se-ia, neste caso particular, uma investigação séria, sem os costumeiros pré-culpados que nunca, ou quase nunca, acabam presos. Não quero soar peremptório, mas desconfio mais das anti-democráticas e altíssimas esferas do poder paquistanês do que dos extremistas de largo costado. Em todo o caso: Democracia para o Paquistão! ASENSIO
A meu ver há algo que necessita de ser explicado à sociedade e que é a existência e o papel politico-empresarial de certos espectros duvidosos e eminências pardas do regime como Armando Vara, Fernando Gomes, António Mexia, José Lello, Pina Moura, e até António Borges. Beberrões acomodados à causa da plebe e que depois, entronados no privado, movem os cordéis da Res Publica ou se tornam marionetas da regência. ASENSIO
Hoje, mais do que celebrar a fábula do menino, filho de uma virgem, prefiro recordar que passam 30 anos sobre a morte de um dos maiores artistas do século XX. Em jeito de homenagem, aqui fica uma das melhores cenas de cinema alguma vez feita:
The Gold Rush (1925) Charlie Chaplin (16/4/1889 - 25/12/1977) ASENSIO
«Se houvesse eleições hoje, diga três razões para os portugueses votarem em si. Primeiro: ter um PM que acredita que Portugal pode, nesta geração, ter um crescimento que duplique ou triplique o actual; segundo, a aposta radical que eu faço de, em meia dúzia de meses, desmantelar de vez o enorme peso que o Estado tem na sociedade portuguesa e que oprime as pessoas. Finalmente, a ideia de que todas as reformas que têm de ser feitas o podem ser em seis meses. É possivel pôr os portugueses a escolherem a escola dos filhos sem perderem os apoios do Estado em seis meses, a escolher o hospital e a terem o mesmo financiamento, a descentralizar competências nas autarquias locais, a privatizar os sectores da economia que referi, a avançar com a reforma da administração publica. É preciso dizer aos portugueses que a sua vida pode mudar já.» - Luís Filipe Menezes ao Expresso. Pela primeira vez vejo algo que o dr. de Gaia poderá ter competência para fazer: entregar tudo à canalha amigalhaça que o rodeia. Pegar no pouco que ainda esteja na alçada do Estado e distribuir pelo grupelho que olha para nós como carneirada. Alimentar os seus abutres anafados, mas ainda famintos de fazer negociatas da acção social, educação e saúde dos outros.
Reparem que, nos últimos 30 anos, vários governos se bateram por esse mesmo desígnio, sem nunca o conseguir realizar em 6 meses. Apesar disso acredito em Menezes, vejo-lhe coragem descarada e esperteza interesseira para, além de desmantelar, ainda desmembrar, desconjuntar, escangalhar, trinchar, enfim... dar cabo, em 6 meses, daquilo que para muitos levou mais de 40 anos a conseguir. Diga lá então aos portugueses que a vida pode mudar já sim, mas diga também com sinceridade, se conseguir, o que os espera nesse novo rumo consigo como PM. ASENSIO
«Sócrates e Barroso saúdam alargamento Schengen como "culminar" da queda do Muro de Berlim» A queda do "muro de Berlim" será completa quando os antigos estados comunistas, aliados da União Soviética, agora na UE a 27, conseguirem manter um equilíbrio político e cultural com a Rússia, e vice-versa. Neste momento estes Estados mantêm uma relação de desconfiança com o antigo aliado, veja-se a quantidade destes países que aderiram à NATO no pós-URSS ou a aproximação da Polónia e República Checa aos Estados Unidos, por exemplo. O binómio Rússia e antigos estados do bloco comunista funciona mais na base de um quase confronto político mútuo. Quando esta relação normalizar, o "muro" estará esquecido, e aí sim, culminará a sua queda.
Ou muito me engano ou por muito que estes sobas provincianos, temporariamente encarregados de instituições internacionais, se iludam com a ideia de que fazem história, não passarão de espaços em branco nos livros de história futuros. ASENSIO
Parece que os únicos verdadeiramente preocupados com as notícias de violência e insegurança que têm surgido são os próprios jornalistas, os criadores de uma "onda de insegurança". Todos os entrevistados por estes salientam a baixa criminalidade do país e o facto de sermos um dos países mais seguros da Europa. Mesmo quando confrontados com a falta de meios e efectivos nas polícias e as demoras nos tribunais todos se mostram confiantes no sistema de justiça. E, no entanto, nos média parece que vivemos num clima de medo, rodeados de gangs, num estado anarco-criminoso. ASENSIO
O processo constituinte, para ser verdadeiramente democrático e mobilizador, teria de ser capaz de envolver os cidadãos e as cidadãs europeias desde o início. Teria de romper com a prática dos últimos cinquenta anos de construção europeia. Em alternativa à negociação de tratados nas costas dos povos europeus e à sua ratificação em parlamentos nacionais, e mesmo bem mais democrático do que a realização de referendos, os governos nacionais deveriam convocar eleições para uma Assembleia Constituinte.
Esta Assembleia Constituinte teria um mandato explícito para a realização de uma Constituição Europeia. O texto saído desta Assembleia seria depois referendado em todos os países europeus na mesma data. Os países que o aprovassem aderiam à nova Europa prevista na Constituição. Os países que não o aprovassem constituiriam um núcleo associado a esta nova Europa.
A exigência da convocação de uma Assembleia Constituinte é uma exigência política concreta que, associada a um programa político alternativo ao neoliberalismo que governa a Europa, poderá ser a força mobilizadora dos povos europeus para a defesa de uma nova Europa.