Ora, Santos Silva indignou-se com o termo "coveiro da pátria" usado por Manuela Ferreira Leite, dizendo que é "linguagem própria da extrema-direita". Pois, obviamente "pátria" é uma palavra fácil. Nem todos têm credibilidade para usar, Santos Silva claramente não a tem. Temo bem que, do PS e de toda a esquerda, apenas Manuel Alegre, tenha autoridade para a usar, visto ser causadora de diversas urticárias, principalmente à extrema-esquerda. A direita, que se arroga o direito de encher a boca com patriotismo, apenas a usa para tricas ou nestes inócuos sentidos figurados. E quanto ao termo "coveiro", este será prontamente recambiado de volta ao remetente social democrata numa alusão a um passado recente. ASENSIO
Adeus. E que esta seja uma nova época, de trabalho, seriedade, credibilidade. (e que os humoristas não tenham um trabalho tão facilitado como tiveram durante 8 anos) ASENSIO
Sim, Sócrates disse-o. Para o PM há um partido político na AR que é um embuste. Esta é a mesma personagem que, "cansada dos preconceitos de superioridade moral", se insurgiu indignadamente contra o líder do BE por este peneirar os sindicatos quanto à sua seriedade. ASENSIO
It's time. Long past time. The best strategy to end the increasingly bloody occupation is for Israel to become the target of the kind of global movement that put an end to apartheid in South Africa.
In July 2005 a huge coalition of Palestinian groups laid out plans to do just that. They called on "people of conscience all over the world to impose broad boycotts and implement divestment initiatives against Israel similar to those applied to South Africa in the apartheid era." The campaign Boycott, Divestment and Sanctions--BDS for short--was born.
Every day that Israel pounds Gaza brings more converts to the BDS cause, and talk of cease-fires is doing little to slow the momentum. Support is even emerging among Israeli Jews. In the midst of the assault roughly 500 Israelis, dozens of them well-known artists and scholars, sent a letter to foreign ambassadors stationed in Israel. It calls for "the adoption of immediate restrictive measures and sanctions" and draws a clear parallel with the antiapartheid struggle. "The boycott on South Africa was effective, but Israel is handled with kid gloves.... This international backing must stop." _______________________ Naomi Klein, The Nation 7 de Janeiro de 2009
Ao que tudo indica a Caixa Geral de Depósitos é uma pândega promocional. Justificando-se com a normalidade da prática, apenas revela que este banco incorreu repetidas vezes na mesma imoralidade. Mas...
Como seria de esperar, este ano, Portugal reduzir-se-á a um calendário eleitoral. E, no bloco central, já se guerreiam posições e certezas. Está em causa a coincidência de actos eleitorais. A hipótese mais ventilada é a da junção das eleições autárquicas com as legislativas. É a opção que mais interesses pode ferir.
Óbvio: por um lado, o PSD força esta opção. Além dos Sociais Democratas serem um partido "autárquico", as eleições locais tendem a lesar o partido do governo. Nada como fazer coincidir os escrutínios para tentar retirar calendariamente a maioria absoluta ao PS, algo que parecem não conseguir fazer politicamente. Ao PS, por seu lado, resta apenas fugir a esta hipótese.
O Governo apresentou recentemente um plano anti-crise. Como avalia as medidas? Estamos perante uma crise económica, mas o problema de Portugal não é fundamentalmente a crise económica, mas sim outra, profunda, e com muitas mais vertentes. O ponto de partida da crise é político e não económico. Entendo que enquanto a política em Portugal não se conseguir credibilizar e não repor na sociedade valores fundamentais podemos ver a taxa de juro baixar mais um ou dois por cento, arranjar mais uns milhões para aqui ou acolá, mas vamos andar sempre ao sabor destes milhões ou da procura externa. O que o país precisa, e em 2009 é quase impossível porque é um ano atípico com três eleições, é de um Governo que agarre no país fundamentalmente pela parte política. Que parte política? Tem que se reforçar a credibilidade dos políticos e, isso, faz-se através da atitude e de algumas reformas que são fundamentais, como é o caso da justiça. A justiça é um problema político. O clima de impunidade que se vive em Portugal, de desresponsabilização, faz com que as pessoas não acreditem no país, não acreditem no regime. O sistema está completamente descredibilizado. Não estou a dizer que se a justiça funcionasse correctamente tudo funcionava bem, o que estou a dizer é que existe toda esta evolução da sociedade que não será travada enquanto não se agarrar, a sério, o problema da justiça. ____________________________ Rui Rio em entrevista ao Económico
Em primeiro lugar não vale sujeitar crises umas às outras, aqui a teoria da evolução não se aplica. A crise política é profunda, diferente e muito anterior à actual crise económica. Elas não se confinam num ponto de partida comum, não é a crise política que dá origem à económica. A crise económica é um resultado óbvio do sistema actual, curiosamente defendido por Rui Rio, e é inevitável. A crise política define-se pela incompetência intrínseca do presente político nacional em controlar e contornar os cíclicos problemas económicos.
Mas eu pergunto-me quais os responsáveis pela descredibilização da política em Portugal e qual o papel de Rui Rio nessa crise política... ASENSIO
Numa altura em que as ditas zonas francas são contestadas por se mostrarem facilitadoras de aldrabices económicas (leia-se "crimes"), carroceis e fugas fiscais, lavagem de divisas e enriquecimentos duvidosos, só Manuel Monteiro, desfasado da realidade, poderia alvitrar tal hipótese.
Ainda agora o ano começou e, ajudado por algumas personagens inacreditáveis, já esta paródia rectangular se me mostra excessiva. ASENSIO