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O Bico de Gás



Sábado, 26.12.09

Umbiguismo

«Bispo do Porto: Relação da Igreja com o Estado deve ser de complementaridade»

Visão errada quanto a mim. Primeiro, o Estado são também os não católicos, como ateus, muçulmanos, judeus, etc. E obviamente que D. Clemente apenas de se refere à ICAR quando fala em complementaridade, mas há muitas mais igrejas, religiões e crenças.

Segundo, o Estado tem que ser alheio à igreja, seja ela qual for. Aliás, apesar de na realidade a igreja responder por vezes mais rapidamente em algumas questões sociais, o Estado, regido por um Governo, não pode, não deve, atrasar-se ou incumbir a igreja de tarefas que são da sua responsabilidade. Mais, em várias questões o Estado tem mesmo que se sobrepor às crenças individuais, como em questões de Justiça, Saúde e mesmo comportamentos, sob pena de algumas dessas crenças individuais se tornarem nocivas à sociedade.

Certo, o Estado não é santo nem perfeito -santidade e perfeição são do domínio religioso- mas, como representa todos os cidadão e as suas instituições, é nele que devemos confiar.
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às 23:58

Terça-feira, 22.12.09

Maldades

O gay egoísta

Para modernizar a agenda eleitoral, Sócrates, o pior dos farsantes, prometeu o fim da discriminação heterosexual no casamento e convidou um intelectual para o espectáculo. Há sempre um intelectual pronto para morder o isco. Um intelectual ou um operário, no tempo em que havia classe operária. Dizia-se então que não tinham consciência de classe ou que a tinham em excesso, consoante o prisma. Os intelectuais aderiram. Era a sua janela de oportunidade. Como se o engenheiro do Fundão pudesse abrir janelas que não dessem para os pátios do costume: a esperteza, o negócio, a trapalhada, a conciliação sem princípios. Os gays prestaram-se à jogada do mestre beirão. Como as Isildas do costume e as sotainas de naftalina vieram a correr, houve almas distraídas que pensaram estar ali uma batalha ideológica, daquelas que une a esquerda, A Esquerda, esse guarda-chuva virtual que serve de abrigo a tanto malandro. Uma das revelações do ano foi ver a Unidade Simplex, com gente de bem a fazer a campanha do malandro e a perder a tramontana, como sucede nas acções prosélitas. Agora está tudo claro: os gays são iguais, mas diferentes. Para menos. Podem casar mas é-lhes vedada a adopção. Vão lá fazer as porcarias para longe das crianças. Fica assim consagrada a suspeição infamante de serem perigosos para o desenvolvimento da infância. É proibido votar outra coisa que não esta, decretou o chefe. Como se o esclarecimento se fizesse cedendo à ignorância e a justiça pactuasse com a discriminação. História triste. Uma lição para quem se mete com os capatazes da construção civil.

in
Natureza do Mal
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às 19:31

Domingo, 20.12.09

Guerra aberta do lado socialista

«[...] "[o PR] já não terá o direito de se intrometer na agenda dos partidos como, no caso vertente [o casamento gay], na agenda do partido que apoia o Governo". E, ainda por cima, "em coro com a oposição de direita".»

Estas declarações teriam uma gravidade limitada se fossem feitas por Sérgio Sousa Pinto em nome individual. Porque, sejamos realistas, que importância vincada tem S. S. Pinto dentro do partido?

Mas segundo consta, são feitas "oficialmente em nome do PS". Grave. Desconheço que dividendos esperam retirar os socialistas ao responderem, em tom de guerra aberta, a Cavaco nesta altura. As legislativas já passaram, e agora estas tentativas de colar o PR à oposição apenas conseguem reforçar a posição de Cavaco Silva e fazer esquecer todas as suas tropelias anteriores. Enquanto o confronto institucional foi patrocinado pela Presidência (e só aqui há muito por onde escolher) os socialistas tinham algo a ganhar, mas agora parecem esquecer que as presidenciais estão à porta. A menos que a intenção seja apoiar Cavaco Silva, estas declarações parecem contraproducentes.
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às 14:09

Sábado, 19.12.09

Irresponsabilidade ou previsibilidade?

Caro Tiago, claro que era esperado que o PS se abstivesse. Em parte, a proposta, em tom de desafio, servia claramente para esquerda "extrema" conhecer em que quadrante se encontra este PS. Por saber precisa e antecipadamente do voto contra do CDS e do PSD, o PS tentou evitar a alienação do seu pouco capital canhoto. Aqui esvaziou-se a importância da votação para os socialistas, que assim não abrem o flanco PCP ou BE.
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às 04:34

Sábado, 19.12.09

Sem comentários

«"Se estamos a admitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, então também podemos admitir, pelo mesmo princípio, casamentos entre pais e filhos, entre primos direitos e irmãos", defendeu [Carlos Peixoto, deputado do PSD]

Esqueceu-se dos cães e gatos. E mais, não existe qualquer proibição legal no casamento entre primos. Antes de fazer considerações idiotas, um pouco de informação não faria mal ao senhor deputado. Sim, este senhor incrivelmente é deputado. De absoluta estupidez estamos bem servidos.
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às 04:14

Sexta-feira, 18.12.09

Um pouco de sinestesia para todos


O Solista (2009)
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às 04:04

Quinta-feira, 17.12.09

Da cobardia

«[...] esta manhã, o Parlamento Europeu decidiu retirar da agenda uma resolução, segundo a qual “a transferência” de Haidar para Lanzarote foi “uma violação fragrante da lei internacional”. A iniciativa pertenceu ao líder do grupo socialista europeu. “Calados ajudaremos mais”, disse Martin Schultz, acrescentando que “ao longo do dia vai vislumbrar-se uma solução”.»

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às 21:14

Quinta-feira, 17.12.09

Palhaços

Só para referir, orgulhosamente, que o meu avô e tios-avós foram palhaços. Não deste género, mas dos honrados.
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às 12:29

Quinta-feira, 17.12.09

Depois da "coisa humana"

"Pelo menos no aspecto essencial da reprodução, uma união de um par homossexual não é igual a uma união de um casal humano"
(Mário Pinto, Pofessor Universitário, in "O Público" de 16/12/09)


via Carlos Barbosa de Oliveira, Delito de Opinião.
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às 12:19

Terça-feira, 15.12.09

Condenar a agressão a Berlusconi

«Só há uma atitude possível em relação à agressão violenta a Berlusconi: a condenação. Sobretudo pelos seus opositores.Sobretudo à esquerda.» - Medeiros Ferreira, Bicho Carpinteiro.
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às 17:35

Terça-feira, 15.12.09

A oposição anedótica

«Não me venham dizer que a oposição quer que Sócrates caia nos tribunais porque não o consegue derrotar nas urnas. Não sei se existe essa oposição, mas se existe eu não faço parte dela.»

Pacheco Pereira consegue, num mesmo artigo, afirmar-se uma coisa para, logo nas frases seguintes, mostrar que realmente faz parte dessa oposição oca de ideias.

«Não foi a oposição que andou a manipular currículos académicos, não foi a oposição que andou a assinar projectos de casas pagos não se sabe muito bem como e com que estatuto fiscal, não foi a oposição que inventou o senhor Charles Smith, e o tio e os primos, não foi a oposição que inventou Armando Vara e o “Face Oculta”, não foi a oposição que mentiu ao parlamento sobre o ainda obscuro processo da TVI, etc, etc. Demasiados eteceteras.»


É verdade que a oposição não mergulhou o PM em nenhum destes casos, mas o repisar das situações judiciais em que Sócrates se vê envolvido é a estratégia clara de quem defende a sua derrota pela Justiça. É a táctica desgastada de JPP no pós-asfixia democrática.

A verdade é uma: Sócrates ganhou. E ganhou apesar das referidas desconfianças. Prova de que o eleitorado português desconfiou (e desconfia) muito mais das competências governativas desta oposição.
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às 17:14

Terça-feira, 15.12.09

Berlusconi [adenda]

Impossível não falar da personagem devido aos últimos acontecimentos. Estes parecem ter feito aparecer algumas fracturas à esquerda, mais entre os que escrevem de arrasto e a-dias (a direita está preenchida com a acusação e vitimização), que pareciam não ser óbvias: os que aceitam a acção violenta como forma de protesto político e os pacifistas para quem esta agressão é reprovável e/ou, imagine-se, inoportuna - pacifistas de ocasião, portanto.

Berlusconi não me suscita simpatia alguma. O instinto primário grita-me o bordão "bem feito" ou "teve o que merecia", mesmo após ver as imagens que poderiam suscitar-me a lástima ou compaixão óbvia de ver alguém ferido. Mas, apesar disso, vivo e acredito na Democracia e no Estado de Direito que me guiam a outro nível de instinto. Por isso é-me impossível ver qualquer tipo de actuação digna no agressor (cujas competências psicológicas em nada interessam), qualquer tipo de desculpabilização política ou outra. É uma agressão, deve ser lida, reprovada como tal e castigada como se espera da Lei. A derrota de Berlusconi prefiro que seja na urnas ou na Justiça.
ASENSIO

[adenda]
E qual o ganho político directo do acto de agressão em si próprio? Seja com Berlusconi, Soares na Marinha Grande ou Vital Moreira no 1º de Maio, algo mudou? O (a)proveito político são apenas as suas consequências.

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às 00:34

Sábado, 12.12.09

A opção de Cavaco

«"Não entro em jogos que possam aumentar a tensão no nosso país. Não entro em retóricas de dramatização", começou por dizer Cavaco Silva, quando confrontado pelos jornalistas com os apelos de algumas vozes socialistas, que esta semana defenderam a intervenção do PR sobre a estabilidade governativa do país, alegando estar em causa o normal funcionamento das instituições.»

«Cavaco frisou mesmo que os benefícios que decorrem da iniciativa dos jovens são mais importantes para o futuro do país do que propriamente o TGV. “Espero que não ponham no ar essa matéria [TGV] porque as outras são muito mais importantes porque têm a ver com o Portugal no futuro”, declarou, sem adiantar mais pormenores.»


Como serão lidas estas posições no seio do Governo? Os apelos do PS para a intervenção do PR não foram escutados. Cavaco escolhe não pôr água na fervura da ingovernabilidade e até minimiza a matéria TGV. Parece que o confronto institucional vai continuar.
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às 15:54

Segunda-feira, 07.12.09

Resposta uma possível lista de privatizações

Lançada no Blasfémias:

A CGD e as empresas ligadas à saúde têm função estratégica, estas privatizações seriam, quanto a mim, um erro. A REN, a GALP, a EDP, ANA, Águas de Portugal, são empresas que deveriam pertencer sempre e na sua totalidade ao Estado. A Inapa e as empresas ligadas ao Pólis terão sempre algum interesse público. A RAVE, CP, TAP e metros, são empresas de transportes pelo que podem também ser consideradas estratégicas. A RTP, apesar de muitos a considerarem um meio de divulgação de propaganda, tem também interesse público. Já a ZON, a Companhia das Lezírias são privatizações a ponderar. Circuito Estoril, o Centro de Abate de Suínos do Oeste, a DILOP-Charcutaria Cozidos e Fumados e a Sociedade Têxtil da Cuca, privatização óbvia. Assim como as empresas sediadas no estrangeiro.
ASENSIO

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às 13:26

Domingo, 06.12.09

...


ASENSIO

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às 05:20

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