Já aqui uma vez falei sobre o problema actual dos sindicatos e como eles parecem actuar para garantir a sobrevivência e não para proteger o trabalhador. Apesar disso, não posso concordar com o que escreve o Jumento porque me parece que o post parte do pressuposto que "Defender um modelo económico assente em vínculos laborais estáveis é defender um modelo económico assente em mão-de-obra não barata e não qualificada[...]". Não sei se isto não será em si mesmo um dogma. Não me parece que a mão-de-obra barata e não qualificada seja um produto directo de um vínculo laboral estável. A esquerda sindical, neste momento, defende a estabilidade do contrato laboral num primeiro plano, deixando a formação profissional para um papel secundário, e esse é o seu erro. Se esta esquerda se quer modernizar terá que exigir a qualificação dos trabalhadores conjuntamente com a estabilidade. Não acredito que para podermos usufruir de um tenhamos que abdicar do outro. ASENSIO