Todos nós incitámos José Sócrates a apresentar medidas concretas para uma (possível) governação PS de Portugal. O efeito parece ter sido contraproducente. A verdade é que José Sócrates se tem perdido em detalhes, mostrando uma insegurança que nada augura de bom. As correcções do rumo tomado ainda agravam mais a figura do dirigente Socialista.
Pegando apenas no exemplo da manutenção, ou não, dos benefícios fiscais dos planos poupança, este foi muito mal gerido por Sócrates. Primeiro porque não é uma questão de importância vital. Depois porque Sócrates dizendo que iria manter os ditos benefícios permitiu que o Governo PSD, em especial Bagão Félix, o acusasse de incoerência e incompetência. A resposta a Bagão foi ainda pior. Mantêm-se os benefícios (e a descida do IRS) decididos no OE2005, pela estabilidade fiscal, mas ao mesmo tempo prometem-se incentivos à poupança por parte dos portugueses. Afinal em que é que ficamos?
Ainda a campanha vai no adro, ainda só o (Ex)Governo entrou em campanha real, parece-me pouco para que o PS entre em pânico com apresentações de medidas avulsas que apenas desfavorecem Sócrates. E
o resultado pode ser visto no decréscimo nas intenções de voto no PS (se bem que o PSD também não suba). Os Socialistas ainda vão ter que recorrer a um equivalente de Morais Sarmento, um verdadeiro bombeiro de serviço.
Para saber mais sobre como vão as intenções de voto, podemos e devemos acompanhar o
Margens de Erro.
ASENSIO