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O Bico de Gás



Quarta-feira, 30.11.05

Em dia de Fernando Pessoa:

Faz-me o favor...

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és nao vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.
_______________________
Mário Cesariny
ASENSIO

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às 18:52

Quarta-feira, 30.11.05

Reprovação por Faltas

E se tivesse sido o senhor deputado Vitalino Canas a faltar à votação do OE2006 por um qualquer motivo? Será que alguém do PS daria pela falta?

Que Manuel Alegre falte à votação para não confundir a sua campanha com a função de deputado eu admito, mas só porque o seu voto não é necessário ao PS conseguir a aprovação do orçamento. Considero muito mais grave quando digníssimos deputados faltam, a outras votações, por motivos, muitas vezes pouco justificáveis.

O problema dos Socialistas é não poderem contar com a imagem de Alegre a votar favoravelmente o OE. Sabendo que este documento é impopular e que isso iria, sem dúvida, beliscar a imagem do candidato Manuel Alegre, talvez se pudesse esbater a imagem de candidato aparelhista que tem Mário Soares. Se calhar é aí que está o problema, e não nas faltas do candidato Alegre...
ASENSIO

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às 18:42

Quarta-feira, 30.11.05

Para M.

O dilema que se impôs nesta fase da vida é o que se segue:

Será preferível ser o αlfa, de primeira geração, numa matilha de almas-decepção ou apenas mais um, que se dilui, num grupo de criaturas normais?
ASENSIO

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às 04:45

Terça-feira, 29.11.05

Foi você que pediu:

Uma briga de crucifixos? A discussão já vai longa e aborrecida. A verdade é que se a lei refere que os edifícios públicos não podem ter símbolos religiosos estes devem ser retirados, não há lugar a ambiguidades. Uma discussão mais alargada será bem vinda se a lei for considerada desadequada e se houver propostas de alteração à sua alteração.

Para agora o debate sobre a separação Estado-Igreja parece-me desajustado, pois não é urgente. Embora alguns sectores estejam já a cerrar fileiras para aprofundar o caso, ou porque o Estado é incoerente na relação com a igreja ou porque quer mesmo acabar com ela. Há mais tempo para essa discussão...
ASENSIO

Off Topic – Uma igreja que necessita de se impor desta maneira? Por símbolos e desde as escolas? Isto daria outro debate...

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às 16:28

Sábado, 26.11.05

O Erro de Nietzsche

A impossibilidade do Eterno Retorno:

Se ∆S = q/T 
em que:
∆S – Variação de entropia, Sfinal - Sinicial
q – quantidade de calor absorvido por um sistema
T – temperatura absoluta

E sendo o Universo um sistema físico fechado então a variação da entropia terá que ser sempre positiva:
∆S > 0

ASENSIO

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às 17:59

Sábado, 26.11.05

Pergunta Existencial de Ordem III

O apoio manifestado pelo Dr. Paulo Portas, à candidatura presidencial da direita, será uma mais valia para as pretensões do Prof. Cavaco Silva? E se seguir o apoio de Santana Lopes?

Em quanto tem se esvai a memória colectiva do povo português? Já se viu que uma década é suficiente para se esquecer bastantes coisas, mas e se o hiato de tempo for de apenas um ano e uns meses?
ASENSIO

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às 00:00

Sexta-feira, 25.11.05

The Three Witches / Käppee


The Three Witches (d. 1783)
Henry Fuseli

Käppee

The old wives around here have hatched an evil plot.
Yes, those long-haired, idle crones are scheming against me:
they're going to make sure I'll never ever find the kind of man I want.
So they threw this ragged fellow at me, dumped a real down-at-the-heels
bum on me. Oh me and oh my, a no-account good-for-nothing.
He's weak, this fellow they got me, weak, and a wild drinker besides.
He's useless, unpredictable, and has a bad temper. Oh me and oh my,
what a no-account, feeble fellow.

Akoill on paha ajatus, on paha ajatus
Tunto pitkätukkasilla, tunto tukkasilla
juoni jonninjoutavilla, jonnin joutavilla

Etten mie sinä, etten mie sinä ikänä
saa en miestä mielehistä, miestä mielehist

Miule hemmo, miule hemmo heitettihin
nukkavieru viskattihin, vieru viskattiin

Miule hemmo, miule hemmo heitettihin
aivan käppee annettihin, käppee annettihin

Jumavei ja jumavoi käppee heikko hemmo
käppee heikko hemmo jumavei juu

Hemmo on heikko, hemmo heikko ja käpeä
vielä villi viinanjuoja, villi viinanjuoja

Hemmo on heikko, hemmo heikko ja käpeä
äkkiouto ja äkänen, äkkiouto

Jumavei ja jumavoi, käppee heikko hemmo
käppee heikko hemmo jumavei juu
__________________________________
Álbum: Ilmatar (2000)
Artista: Värttinä

ASENSIO (com um agradecimento especial à minha Galadriel)

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às 00:02

Quinta-feira, 24.11.05

Ota?

Caro Eng. José Sócrates,

O Senhor Primeiro-ministro e o Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações parecem não ter dúvidas sobre a necessidade da construção de um novo aeroporto. Estão tão esclarecidos que o seu Governo já definiu a sua localização, datas de construção e de inicio de funcionamento e estratégia de financiamento.

Ora, visto eu ainda deter dúvidas sobre a necessidade dessa nova enorme infra-estrutura, agradecia que, em conjunto com o Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, me fizesse chegar o conjunto dos estudos, relatórios e projectos, que tão bem o convenceram, para que eu os possa analisar e retirar as minhas próprias conclusões. Podem facultar os documentos no suporte que mais lhes convier. Em CD-Rom ou papel enviem, por favor, para: MORADA, CÓDIGO POSTAL. Caso prefira por E-mail, envie para: E-MAIL@E-MAIL

Desde já agradecido, despeço-me cordialmente,

NOME
Eleitor Número: NÚMERO
CIDADE

ASENSIO
P.S. – copiem e enviem por aqui, estejam à vontade. E escrevam também para o Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

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às 23:17

Quarta-feira, 23.11.05

Isabel Castro

«A actriz Isabel de Castro morreu hoje
em Borba, Évora, aos 74 anos»

ASENSIO

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às 21:10

Terça-feira, 22.11.05

Defesa

Só tarde demais é que ela disse que queria casar comigo. Subi as minhas defesas. Retirei cada letra do contexto da palavra onde se insere, cortei-lhes a ligação umbilical, separei-lhes as bases nucleicas. A cada uma delas recebi um aviso. Mas isto é o que me foi inscrito na memória:

[Q] quê; [U] ú ; [E] é , [R] érre ; [O] ó ; [C] ; [A] à ; [S] ésse ; [A] à ; [R] érre ; [C] ; [O] ó ; [N] éne ; [T] ; [I] i ; [G] ; [O] ó.

Nada do que ela disse fez sentido. Não descodifiquei. Não absorvi. E ela desapareceu.
ASENSIO

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às 16:01

Segunda-feira, 21.11.05

Isto...

Merece ser postado na íntegra:

«Crise?...
Pina

Quando os políticos nos dizem (e dizem-no todos os dias) que o país está em crise, conviria que explicassem a que país se referem.

De facto, a acreditar nos números que têm vindo a público, há dois países no país. E, curiosamente, o que mais grita "crise!" (nas TV, nos jornais, na Concertação Social…) é o que menos razões tem para gritar. As empresas cotadas na Bolsa que integram o PSI 20 aumentaram este ano os resultados em 48,5% (900 milhões de euros); a Galp já leva 333 milhões de euros de lucros (cinco vezes mais do que em 2004), a PT 500 milhões, a Brisa 40 milhões, os quatro maiores bancos privados 370 milhões; o BCP bateu o recorde de lucros do ano passado, o BES triplicou-os, os do BPI já tinham, até Março, aumentado 55%; os da SONAE cresceram 135%, os de Impresa 70%, os da EDP 11,5%.

Depois, há o "outro" país, o que paga a crise de que fala o país que vive dela são, segundo números da UE, 2,5 milhões de pobres, dos quais 200 mil em situação de miséria extrema e fome; mais de meio milhão de desempregados; outro meio milhão a viver com pensões de 216, 79 euros (de acordo com o indicador do INE sobre despesas dos agregados familiares, uma família necessita de um mínimo de 244 euros/mês para sobreviver...)

O discurso da crise tem servido, nos últimos anos, para aumentar, até níveis absolutamente imorais, o fosso entre o país rico e o país pobre. A principal crise que vivemos não é financeira nem económica, é social.

De cada vez que alguém pronuncia a palavra "crise", há um pobre que fica mais pobre e um rico que fica mais rico...»

ASENSIO

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às 14:14

Sábado, 19.11.05

Ainda:

Miguel de Sousa Tavares (no Público):

«[..] o Tribunal Constitucional está à beira de declarar inconstitucional, com força obrigatória geral, a disposição do Código Penal que, a seu ver, “discrimina ilegitimamente” a pedofilia homossexual. Ou seja, os juízes entendem, por exemplo, que é exactamente igual um miúdo ser abusado ou violado por uma mulher ou por um homem. Sem curar de saber qual das situações poderá causar maior abalo e mais danos permanentes ou futuros à vítima, eles consideram que o essencial é preservar o direito à orientação sexual do abusador.[...]»

A posição dos juízes parece-me ser mais a de tentar afastar a ideia de que a pedofília é exclusiva dos homossexuais que ainda impera na sociedade, e por isso na Lei, e nada tem a ver com o “preservar o direito à orientação sexual do abusador”.

E esta posição de MST é curiosa, no mínimo, e poderia levar à diferenciação de vários tipos de crime consoante sejam feitos por homens ou por mulheres. Exemplo: num caso de violência doméstica, será igual um crime em que o homem agride a mulher e um outro, dos raros, em que é a mulher que agride o homem? E se o homem, a vítima, sentir que ser agredido por uma mulher é mais danoso do que ser agredido por outro homem? A mulher teria que ser castigada mais duramente do que se fosse um homem... Pois, também não me parece, e de certeza que MST também não concordará, e, não concordando,  esvazia a critica feita acima ao TC.
ASENSIO

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às 22:33

Sábado, 19.11.05

Blasfémias Sousa Tavares

Pois é, já seria de esperar que CCA concordasse com o artigo de Miguel Sousa Tavares de hoje no Público, até porque este é um dos artigos menos conseguidos, para não dizer pior, de Sousa Tavares.

Começa por falar da questão da demonstração de afecto entre duas alunas de uma escola, fazendo esta incrível generalização (bold meu): «Não lhes ocorreu [aos “mentores do politicamente correcto”] que, antes de tudo, o que está em causa não é uma questão de orientação sexual, mas sim um comportamento infelizmente muito típico das comunidades gays e lésbicas, que é o exibicionismo sexual». Claro que a partir daqui tudo o que Tavares escreve sobre o tema está contaminado por tal superstição.

Prossegue, já noutro assunto, falando do Sistema Nacional de Saúde: «E quem diz saúde podia dizer a Segurança Social, a educação, a justiça - até haver 10 por cento de portugueses a sustentar os gastos de 90 por cento.» Devido às desigualdades cada vez maiores entre ricos e pobres, se forem os 10%, que acumulam riqueza, a pagar os gastos de 90% não vejo onde esteja a arbitrariedade.

And it goes on...Ou seja, Sousa Tavares, hoje, só disse Blasfémias.
ASENSIO

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às 00:09

Sexta-feira, 18.11.05

“O mais difícil”

Caro Vital Moreira,

Isto está tudo muito certo, até ao momento em que procura justificar as políticas sociais adoptadas pelo PS como sendo as necessárias para resolver a sustentabilidade financeira do Estado Social.

Ora as reformas ao Estado Social só têm lógica quando não põem em causa o auxílio social prestado pelo Estado aos mais desfavorecidos. Ou então corre-se o risco de, para salvar o Estado Social, reduzir, ou extinguir, o mesmo Estado Social. Se não morre da doença, morre da cura.

A verdade é que, se umas políticas PS procuram reduzir regalias inaceitáveis ou benefícios injustificados, outras agridem sectores mais desfavorecidos da sociedade. A moderação, ou redução, do montante de prestações sociais, que o PS diz ser necessária, é um ataque aos mais carenciados que sobrevivem apenas destas ajudas. E Isto é “atacar o seu núcleo essencial”. O que Vital Moreira defende é que o Estado Social, quando em crise, recue para lamber as suas feridas, desprotegendo aqueles que se propôs defender.

Há políticas, óbvias para o financiamento do Estado, que não vão ser aplicadas. Um exemplo: «O quarto elemento do Estado social diz respeito ao financiamento das despesas públicas por meio de um sistema tributário [...]». É do senso comum que o fim do sigilo bancário permitiria ao Estado um aumento nas contribuições, pela diminuição de situações de fuga ao fisco. Como se justifica então a sua manutenção?
ASENSIO

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às 17:07

Quinta-feira, 17.11.05

Para a C.I.A.


«The 777-200LR will be capable of flying almost 11,000 miles non-stop, linking cities such as London and Sydney.

Boeing, in contrast to European rival Airbus, hopes airlines will want to fly smaller aircraft over longer distances.»

Ora, mais autonomia leva a menos escalas, menos escalas a menos escândalos.
ASENSIO

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às 20:26

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