Concordo que realmente o ordenamento do território não é o problema mais sério de Portugal. O verdadeiro problema português continua a passar pela falta de capacidade da elite governativa. Incapaz de tomar a sua porção nas responsabilidades, incapaz de um arregaçar de mangas decidido para evitar desastres futuros, incapaz de viver a realidade, mas com uma competência inata para culpabilizar outros quando claramente as responsabilidades também passam por omissões e descuidos na política governativa central. ASENSIO
Para quem não percebeu os "choques de lambidos 9 volts na ponta da língua" do post anterior que faça o seguinte: passe a dita e respectiva língua nos pólos de uma pilha de 9 volts semelhante à da imagem. A direcção é irrelevante, façam do positivo para o negativo ou vice-versa. Na Lição nº.2 estudaremos a acidez de uma lambidela na lâmina de uma aguça de metal. ASENSIO
O meu caro Luís Maria fez a maldade de me desafiar para o exercício de listar 12 palavras que sejam as minhas preferidas. Visto que uma listagem das palavras que gosto de pronunciar decerto se tornaria risível - seria obrigado a listar palavras como "bojudo", "energúmeno" ou "abnóxio" que apesar de causarem vibroscilações na garganta, cócegas na úvula e choques de lambidos 9 volts na ponta da língua, não são certamente o objectivo do desafio - vou concentrar-me naqueles termos cujo significado me é mais próximo. Começo por palavras-personalidade que vi e bebi de quem me fez vida e que ainda hoje, depois de ter partido, me causam espanto tal a força com que vivia essas palavras. São elas a "honestidade", o "escrúpulo" e o "respeito" sem os quais não haverá nunca a "honra". As palavras-história também me entusiasmam. Um dos últimos exemplos destas são: a"coragem" e o "empenho" que nos trouxeram "liberdade" em dias de Abril. E as palavras de hoje, as que mais sinto serem úteis, passam pela necessidade de "rezingar" e "questionar" sem nunca esquecer de "viver" aquilo que de positivo temos a sorte de encontrar no labirinto de "orgasmos" fúteis, fáceis e instantâneos dos nossos dias. A segunda parte do desafio, o encadeamento para outros blogues, temo que terá de ficar para outra vez. Blogues (de) amigos têm tido a tendência de fechar. Neste momento sou o único a manter aberto este "estaminé" manchado de vinho. ASENSIO