O Sr. Alberto apenas mostra que tem pavor a uma democracia adulta. Num sistema como o nosso, os cidadãos, em liberdade, expurgam naturalmente estas ideologias totalitárias dos processos de decisão. Uma democracia equilibrada não precisa de -nem deve- proibir, a expressão de todos os pontos de vista ideológicos, desde que estes sejam expressos dentro da legalidade. É um regime de equilíbrios como já se disse aqui...
É verdade, Sr. Alberto, a Constituição não permite todos os ideais. Não permite o fascismo, mas isso talvez se deva à longa noite, mais de 40 anos, de Estado Novo que experimentámos e na qual o Sr. Alberto teve um papel, talvez irrelevante, mas teve. Apenas passaram 35 anos, pouco tempo para apagar essa memória colectiva do país.
De qualquer forma a nossa democracia já se mostra com alguma harmonia. Muito português, com o laborar dos resquícios de um alter-ego pidoso (quem não o tem?), anseia internamente o calar do representante madeirense, mas democraticamente aprendemos a lidar com a ajardinada personagem. Daí que possamos, todos, orgulhar-nos da liberdade expressão que alguém como o Sr. Alberto usufrui. ASENSIO