Primeiro quero deixar claro que discordo da forma como o monólito Alegre conduz a sua oposição ao PS. A sua ausência do Congresso de Espinho parece indicar que Alegre se escusa à luta para além das páginas dos jornais e sessões parlamentares. Parece óbvio que esta ambiguidade tem objectivos presidenciais. Mas isto não torna toleráveis as críticas de José Lello. Para este, o PS tem que tornar-se um partido de unanimismos, de conformidade e seguidismo a Sócrates. Este caminho levará à cavaquização do Partido Socialista, e os que defendem esta postura de "sigam o líder" apenas conduzirão o PS a uma travessia do deserto ao estilo do PSD actual. E pode José Lello, um cata-vento das lideranças, cuja importância e influência na vida pública são imperscrutáveis, acusar alguém de "falta de carácter"? ASENSIO