Em vários aspectos, este Ministério mostrou até algum bom senso, por exemplo, na posição que adoptou em relação à soberania do Kosovo. Ao não fazer o reconhecimento na onda imediatista patrocinada pela Europa e EUA, mostrou alguma capacidade de julgamento própria (apesar do reconhecimento dessa independência feito há dias poder ser discutível).
Mas há frases que destroem a credibilidade de qualquer agente político e esta é uma delas. O apuramento da verdade (neste caso, em relação aos voos da CIA) não pode estar condicionado a qualquer interesse patriótico-mesquinho. Mesmo que este implique beliscar a reputação do então PM português e actual Presidente da Comissão Europeia. Ainda mais porque, com estas declarações, a Europa passa a conhecer os erros passados de Barroso e as tentativas menos escrupulosas do Governo de Sócrates para lhe proteger as costas.
Esta atitude torna-se a imagem da pequenez deste ministério, do Governo e, infelizmente do País. ASENSIO