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O Bico de Gás



Quarta-feira, 09.03.05

Agora que já passou

Depois do dia de ontem ter sido de homenagens às mulheres vou atrever-me a dizer o que penso sobre o “Dia da Mulher”. Este dia, além de inócuo é, como muitos outros dias, facilmente esquecido. Todos reverenciámos as mulheres que são importantes pelo que fizeram, ou ainda fazem, politicamente, socialmente, etc., todos nós tomámos conhecimento da necessidade de por fim à discriminação com base no sexo, todos nós notámos a falta de mulheres em cargos de chefia e importância relevante, mas, sinceramente, hoje o assunto já parece esquecido. O trabalho deve ser feito o ano todo, Tem de haver denúncias de práticas discriminatórias sempre que elas ocorram, e não num dia em particular.

Posso dizer também que não concordo com o sistema de quotas para mulheres existentes em alguns sistemas, como o político. Esses lugares vagos prometidos às mulheres, quanto a mim, apenas amplificam a ideia, falsa, da fragilidade feminina, além de serem um tipo de discriminação positiva, o que não deixa de ser discriminação. Não concordo com a ideia de que existe “algo” cultural que impede as mulheres de atingir certos lugares. É preciso que as mulheres arroguem para si o protagonismo que desejam, mas concordo que grande parte do trabalho terá que ser feito pelos homens. Se eles ocupam os lugares de destaque, como afirma, e muito bem, Helena Roseta, é preciso mostrar-lhes que as mulheres são mais que capazes de ocuparem lugares semelhantes. E os homens, perante a óbvia competência das mulheres terão, naturalmente, que largar alguns desses lugares para elas. E o trabalho nesse sentido terá que ser constante. Os homens é que têm pouca percepção das capacidades das mulheres. Mulheres de todo o Mundo abram-lhes os olhos!
ASENSIO

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às 15:22



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